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O mercado de títulos públicos opera sem direção definida na tarde desta quarta-feira (22), revertendo o recuo visto no começo da manhã. Papéis prefixados apresentam alta nas taxas, enquanto os de inflação são negociados próximo da estabilidade ou em leve queda.
Após uma série de impasses, investidores repercutem a aprovação do Orçamento de 2022 pelo Congresso, que destinou R$ 4,9 bilhões para campanhas eleitorais no próximo ano e R$ 1,7 bilhão para reajuste salarial a policias federais – base eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O mercado também já se antecipa de certa forma à divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de dezembro, que será apresentado amanhã (23).
A expectativa, segundo o Bradesco, é que o indicador avance 0,8% neste mês. O Itaú, por sua vez, prevê uma alta mensal de 0,82%. No mês anterior, o IPCA-15 teve alta de 1,17% na comparação com outubro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já na cena externa, as atenções continuam voltadas para a rápida disseminação da variante ômicron ao redor do mundo e para os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Nesse contexto, dentro do Tesouro Direto, os juros oferecidos pelo Tesouro Prefixado 2024, por exemplo, subiam de 10,64%, na sessão anterior, para 10,67% ao ano, na atualização das 15h20. No começo do dia, o retorno pago era de 10,61%.
Da mesma forma, o Tesouro Prefixado com juros semestrais e vencimento em 2031 oferecia juro de 10,58%, contra 10,53% na sessão anterior e 10,52%, no início dos negócios hoje.
Entre os papéis atrelados à inflação, às 15h20, a remuneração real do Tesouro IPCA com vencimento em 2026 era de 5,00% ao ano, abaixo dos 5,02% vistos ontem (21) e acima dos 4,98% ao ano, registrados na abertura das negociações de hoje. Com isso, esse título retomou o patamar de juros mínimos de 5% ao ano.
No mesmo horário, o Tesouro IPCA + 2055 com juros semestrais oferecia retorno real de 5,28%, mesmo valor visto um dia antes.
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Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto que eram oferecidos na tarde desta quarta-feira (22):
Orçamento 2022 e dados do BC
Na agenda política, o mercado repercute a aprovação do Orçamento da União para 2022 pelo Congresso ontem (21). Agora, o PLN 19/2021 segue para sanção presidencial com as modificações aprovadas por deputados federais e senadores.
Segundo o texto aprovado, o salário mínimo previsto para vigorar a partir de 1º de janeiro de 2022 será de R$ 1.210. O programa Auxílio Brasil, que substitui o Bolsa Família, terá R$ 89 bilhões. O fundo eleitoral vai repartir R$ 4,9 bilhões. As polêmicas emendas de relator, dinheiro que é usado como moeda de troca política e controlada, pela cúpula do Congresso, foram mantidas em R$ 16,5 bilhões.
O Orçamento também prevê que a área da Saúde terá mais de R$ 147 bilhões e a Educação, mais de R$ 113 bilhões para gastar em 2022. O texto aprovado concede ainda R$ 1,7 bilhão para reajuste de policiais federais (rodoviários e penais, inclusive).
Os deputados aprovaram a matéria com 358 votos contra 97; os senadores, com 51 votos contra 20.
Já na agenda econômica, o destaque está nos números divulgados hoje pelo Banco Central sobre as transações correntes. Segundo a autoridade monetária, o déficit em transações correntes do Brasil ficou em US$ 6,522 bilhões em novembro, com o déficit em 12 meses passando a corresponder a 1,92% do Produto Interno Bruto (PIB).
O resultado veio pior do que o déficit de US$ 6,300 bilhões esperado por analistas, segundo pesquisa da Reuters.
Por sua vez, os investimentos diretos no país (IDP) alcançaram US$ 4,588 bilhões, ante expectativa de US$ 3,8 bilhões.
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O Banco Central também informou hoje que o fluxo cambial total no País está negativo em US$ 6,261 bilhões em dezembro até o dia 17.
Já o Tesouro Nacional divulgou nesta quarta-feira que a dívida pública federal do Brasil subiu 2,34% em novembro sobre outubro, e chegou a R$ 5,499 trilhões.
Cenário internacional
Enquanto isso, no radar externo, a variante ômicron continua no foco dos agentes financeiros. A preocupação incide sobre os possíveis impactos que novas restrições de circulação podem gerar na atividade econômica em meio a um movimento de aceleração da retirada de estímulos e de aperto monetário em várias economias.
Nos Estados Unidos, o Escritório Federal de Análise Econômica (BEA, na sigla em inglês) divulgou hoje que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 2,3% na taxa anualizada no terceiro trimestre deste ano, de acordo com a última revisão do dado.
Economistas consultados pelo The Wall Street Journal previam uma alta de 2,1%. No segundo trimestre deste ano, a economia americana cresceu 6,7%, na taxa anualizada.
Também nos EUA, o otimismo aumentou depois que o presidente Joe Biden disse que ainda há chance de chegar a um acordo com o senador Joe Manchin para que seu plano econômico, intitulado Build Back Better, seja aprovado no Congresso, ainda que menor do que os US$ 2 trilhões previstos atualmente.
Do outro lado do mundo, nesta quarta-feira, o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês) apresentou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 1,1% no terceiro trimestre na comparação com o anterior. Essa foi a leitura final do dado.
Analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal previam avanço um pouco maior, de 1,3%, mesma porcentagem registrada pela leitura preliminar.
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Na comparação anual, o PIB do país teve alta de 6,8% no terceiro trimestre, confirmando a primeira leitura do dado e superando a expectativa de analistas, que previam alta de 6,6%.
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