Metaverso, robô humanoide…A tecnologia vai roubar os nossos empregos em 2022? – Money Times

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Metaverso empresas
Veja quais são as carreiras mais ameaçadas de entrar em extinção (Imagem: Pixabay)

2021 foi o ano em que o metaverso caiu na boca do povo. Houve quem pagasse o equivalente a R$ 2,5 milhões só para ser vizinho do rapper americano Snoop Dogg no mundo virtual. Como você provavelmente já sabe, o metaverso é um universo virtual, no qual os usuários podem interagir socialmente como avatares digitais, trabalhar e (eis o que mais agrada os investidores) ganhar dinheiro.

Mas o metaverso não é a única evidência de que estamos avançando rapidamente, quando o assunto é tecnologia. A criação de um robô humanoide, com característica e expressões faciais iguais às nossas, também foi um dos temas mais comentados das últimas semanas.

Mas afinal, como a quarta revolução industrial pode impactar no mercado de trabalho? As máquinas vão, mesmo, tomar os nossos empregos, como nas distopias do cinema e da literatura?

Uma das pessoas que se dedica a encontrar repostas a essas dúvidas é o brasileiro Rafael Sanchez, escolhido pelo Fórum Global de Educação e Aprendizagem como uma das 100 pessoas mais visionárias do segmento no mundo. Sanchez também tem domínio sobre a área de tecnologia.

Na entrevista concedida ao Money Times, Sanchez traça um cenário das transformações que viveremos em 2022 e nos próximos anos, na área profissional.

Trabalhos repetitivos

Os primeiros empregos que vão desparecer são os classificados como repetitivos. Essa categoria envolve diversas profissões, como caixas de supermercado, até trabalhadores do setor de logística e transportes.

Rafael Sanchez
Mesmo com o desaparecimento dos empregos repetitivos, Sanchez descarta uma crise social, pois novos empregos vão aparecer (Imagem: Divulgação)

“Em futuro não muito distante, um drone será utilizado para fazer entregas”, explica o especialista. “É claro que ainda falta muito para isso, pois teríamos que mapear rotas aéreas para esse sistema”, diz.

No entanto, ele pondera que esse mapeamento pode ser feito de modo muito prático. Basta ver o que fizeram aplicativos e ferramentas de geolocalização, como o Google Streets.

Professores estão ameaçados

Outro setor que será impactado pelas novas tecnologia é a educação. De acordo com Sanchez, as vídeo-aulas apresentam um potencial disruptivo para quem trabalha nessa área, já que um mesmo professor pode gravar uma única aula, que será assistida simultaneamente por várias turmas de alunos.

A profissão não deixará de existir, mas o número de vagas na área cairá muito.  “A vantagem desse modelo é que o aluno pode assistir ao vídeo em casa e, se ele tiver dúvidas, vai presencialmente falar com o professor”, explica.

Construção civil pode mudar

A construção civil deve sofrer grandes mudanças, principalmente pelo uso de impressoras 3D para construir imóveis. Essa tecnologia pode eliminar boa parte empregos dessa indústria, ao mesmo tempo em que agiliza todo o processo.

“Existem também outras formas para isso, como robôs que constroem casas”, explica. Um desses robôs, o Hadrian X, é capaz de assentar até 200 tijolos por hora, o que permite erguer uma casa em até 48 horas (para entender como ele funciona, assista ao vídeo abaixo).

E agora…O que fazer?

A eliminação de tantas profissões e, por tabela, postos de trabalho é preocupante, mas não há motivos para pânico, segundo Sanchez. Isto porque, no lugar das carreiras que serão extintas, outras surgirão. O setor de marketing digital e a tecnologia da informação estão entre as que mais criarão novas vagas..

“O emprego de copywriter (pessoa que produz conteúdo publicitário para a internet) é um dos que tendem a abrir cada vez mais vagas, principalmente com o avanço da propaganda no meio online”, diz.

Já no setor de tecnologia da informação, as vagas de desenvolvedores e empregos ligados à realidade aumentada vão bombar.

“Profissionais de tecnologia já estão em falta hoje e, com o início do metaverso e da realidade aumentada, a demanda no futuro será ainda maior”, comenta.

Por fim, Sanchez afirma que, no futuro, o profissional deverá se atualizar constantemente, seja como usuário de novas plataformas e tecnologias, seja em outras habilidades que o mercado de trabalho demandará. O importante é não ser ultrapassado pelas inovações.

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